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A porta do elevador abre e eu dou de cara com ele. “Boa noite”, “Boa noite”. Subo os andares fingindo que estou mexendo no celular, mas, na verdade, tô olhando para cada detalhe que eu puder perceber nos poucos segundos em que respiramos o mesmo ar. “Tchau, até mais”. “Tchau”. Esse foi meu diálogo com o crush do quinto andar por anos.

Achei ele no facebook, diversos amigos em comum, adicionei. Papo em comum, lugares em comum, encontros no térreo nos quais costumávamos bater um papo e fomos virando amigos mais íntimos. Ele sempre foi muito engraçado e quando eu não tinha planos, eu sempre ia ver se ele estava em casa.

“Tô no tédio! Me salva”; “Vou só tomar uma ducha e comer, te aviso e se quiser você desce”; “Combinado”. Ducha? Boa ideia. Alguma coisa estava me dizendo para eu ir para o banho e foi o que eu fiz. Tomei meu banho, engoli uma coisa e quando faltava só a roupa… “Pode descer, tô te esperando”; “Cinco minutos tô aí”.

Lá fui. Como todas as vezes que encontrava com ele, o dia foi regado a boas conversas e risadas. Séries, filmes, comida e essa era a vibe positiva que pairava no ambiente. Fomos assistir um filme e fomos dividir o mesmo sofá, para dividirmos a coberta. Um de cada lado do sofá de três lugares. Pernas com pernas, a mão dele no meu tornozelo. Começou uma troca de carinhos por ali e eu só sentindo.

Depois de jantarmos, os dois estavam meio mortos, com sono e tal e comecei a perceber que ele estava tentando arranjar um lugar confortável no sofá que estávamos. Acabei falando para ele deitar no meu ombro e depois foi para o meu colo. Fiquei fazendo cafuné nele e ele começou a fazer carinho do meu calcanhar até o joelho. 

A mão dele começava a subir pela minha perna cada vez mais. Passou um pouco do joelho. Foi para o meio da coxa. Chegou bem perto da minha buceta. E o carinho ia do calcanhar até perto da buceta e voltava. Só de sentir a mão dele andando nas minhas pernas, eu já comecei a respirar mais fundo e esfregar a mão nos olhos, me perguntando se era da minha cabeça todo o arrepio que eu já sentia.

“Perai, deixa eu deitar aqui”. Pronto. Ambos deitados. Cabeças perto uma da outra. Respiração funda. Olho pra ele, ele olha pra mim. Não me aguento e puxo a cabeça dele contra a minha. A boca dele encaixou na minha de um jeito tão gostoso que eu não queria mais que aquele beijo parasse.

Ele se arrumou para ficar em cima de mim e eu já abri minhas pernas para que nossos corpos ficassem com todo o contato possível. Eu me aventurava nos cabelos dele enquanto a minha língua conhecia a língua dele com toda a calma do mundo, aproveitando cada segundo. Ele empurrava o pau dele contra a minha buceta e eu só conseguia pensar em me contrair, empurrando minha virilha na dele. 

Ele levantava minha perna esquerda, pegando na minha bunda enquanto a gente continuava se beijando como se não houvesse amanhã. Minha unha se fincava nas costas dele, enquanto eu ia tirando a camiseta dele devagar. Ele passava a mão na minha buceta por cima do shorts, eu esfregava a minha mão no pau dele, ele vinha apertar meu peito… Começo a passar a mão por baixo da cueca, pego no pau dele e consigo sentir todas as veias do pau dele na minha mão e, cara, como isso me excita. Fiquei louca só de pegar no pau dele duro e já ansiar por ele dentro de mim. Camiseta retirada. Ele sussura no meu ouvido: “Quer ir pro quarto?”. O “Quero” saiu de forma tão automática que só fui levantando pra ir.

Deito na cama dele, ele já vai se pondo em cima de mim. Caralho, que beijo bom da porra esse cara tem. Ele consegue me arrepiar só pelo toque dele. Ele tira meu shorts, vai descendo com a mão do meu joelho até minha cintura, mostrando a vontade só através do toque. Puxa minha calcinha de lado e começa a me lamber inteira, enquanto pega nos meus peitos e vai deixando a mão se agarrar no meu corpo.

Eu tiro a minha blusa e ele segue me chupando. Tira minha calcinha e continua a me chupar, beija minha virilha, brinca com os dedos. Eu aperto minhas próprias pernas, finco as unhas nas minhas próprias coxas de tão bom que está, reviro os olhos, aperto o colchão, ah… tô quase implorando pra ele meter em mim, até que finalmente vai pegar a camisinha.

Quando eu sinto seu pau entrando em mim, solto um gemido calmo totalmente sem querer. Minhas unhas já se fincam nas suas costas, cada vez com mais força a cada metida que tu dá em mim. Eu puxo seu cabelo, enquanto a gente se beija e você continua metendo. Se eu não estou te beijando, eu estou gemendo. A cada vez que seu pau entrava, eu fazia questão de me contrair toda para poder sentí-lo com todo o tesão que eu estava no momento. A gente muda de posição e eu monto em você.

A cada sentada que eu dou, você segura minha cintura com mais força. Pega na minha bunda e eu rebolo bem suave para voltar a sentar, e sentar, e sentar de novo em você. Abaixo meu corpo em direção ao seu e você começa a chupar meus peitos. Seguro seu queixo, forçando minha unha no seu rosto e orientando sua boca à minha. Levanto minhas pernas para conseguir quicar em você, quico, rebolo e me delicio com cada gemido que sai de você.

Você me pede pra ficar de quatro. Me empino toda, você dá um beijo em cada nádega minha e coloca seu pau em mim. Só de sentí-lo, já não me mantenho parada e me jogo contra o seu corpo. “Gostosa!”, você sussurra pra mim, como se soubesse como me excitar mais ainda. Você segura a minha cintura enquanto me come de quatro e eu quase fico com câimbra na mão de tanto que puxo e aperto o lençol com as minhas mãos por te sentir dentro de mim.

“Deita. Fica de bruço”. A posição que eu mais empino minha bunda de todas as possíveis posições. Você mete em mim de bruço e eu começo a gemer mais alto “Tá doendo?”; “Não, é que eu gosto muito dessa posição”. E eu me delicio toda, enfiando minha cara no colchão a cada vez que tu mete. 

A gente vira pra ficar de lado e a gente segue metendo até a camisinha resolver tentar nos atrapalhar. A gente já tá pingando de suor a essa altura e eu me recuso a te deixar sem gozar. Falo pra você ir pro meio da cama, abro suas pernas, desço até minha boca conseguir ter uma conversa maravilhosa com o seu pau.

Duro. Pra caralho. Seu pau continuava assim mesmo depois de horas de transa. Minha mão deslizava até suas bolas e eu conseguia sentir suas veias todas ressaltadas. Minha língua conversava com a cabeça do seu pênis, enquanto minhas mãos faziam o vai e vem delas ao brincar de te deixar louco. Deslizo minha língua por todo o corpo do seu pau, enquanto enfio ele dentro da minha boca e tiro, fazendo tudo de novo. Deixo o mais babado possível até que eu finalmente foco só na cabeça – minha parte favorita – e você logo lança um “continua”. E eu sigo a ordem, continuo. Lambendo a cabeça do seu pau enquanto minhas mãos vão do final da cabeça até o início das bolas, dão um oi pra elas e voltam. Suas pernas começam os espasmos, seus olhos estão frisados, seu rosto já está me avisando que você vai gozar e você mesmo me anuncia isso verbalmente. 

CARALHO. Que foda. Ambos pingando de suor. Você se move pro lado pra eu deitar no seu ombro. “Áaaguaa”. Nós dois rimos e eu concordo super com a proposição. Eu também precisava de água. Começou de modo leve, terminou de modo leve. Subi cinco andares de tesão e desci. Início e fim leve. Mas o meio… ainda bem, não foi nada leve. Foi foda. CARALHO. Que foda.

Giullia Fidelis

Author Giullia Fidelis

Ativista pelos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+, marketeira e petsitter. Estuda sobre sexualidade, saúde feminina e transpira o mundo sexual liberal.

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