Mesmo de hoje, diferente de amanhã. Ela colecionava experiências, sem perceber que não tinha mais estante para exposição.

Sim. São tempos líquidos. Daqueles que escorrem ralo abaixo. Tudo superficial, sem prioridade ou empatia para olhar em volta e perceber os simples significados da vida. Esquece que a tristeza é propulsão para a alegria. Deleta detalhes que construíram sua jornada. Sobe um, cinco, dez metros e quer pular de cabeça no copo do sucesso, sem ao menos se permitir entender de verdade o que tem ali dentro. “Se parece legal, vou fazer ser legal”, e assim insiste no erro. Em Relações baseadas em ações mínimas você cria barreiras e delega a sorte ao destino, da mesma forma que o culpa pelas fossas que afundou. Na busca incansável por encher seu balde da autoestima, você se afunda na validação dos outros sem ao menos se consultar. Nada só ali pela superfície sem perceber que os corais do fundo são mais coloridos. Você fecha os olhos e coça a ferida, cria uma crosta tão grossa que não te permite mais acessar que realmente você é. Em uma sociedade que enxerga vulnerabilidade como fraqueza, qualquer máscara vira armadura.

Modelo: Rafa (@rafagquelhas)
Fotografia: Fabio Ruschi (@wakeupmemo)
Textos: Fabio Ruschi (@wakeupmemo)

Experiência além do ensaio

“(…) Vivemos ciclos de emoções ao longo da vida: liberdade é poder gozar cada um deles”

Fabio, @wakeupmemo

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